7 de outubro de 2009

Unidade? Pra quê?

"Rogo-vos, pois eu, prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um só Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; já um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos." (Efésios 4:1-6).

Nós, seres humanos, gostamos e temos a tendência de nos relacionar com outros seres humanos. Nos faz bem termos outras pessoas com quem conversar, sair e nos divertirmos. Isso realmente é muito bom e muito importante.

Nos relacionamos com pessoas diferentes; porém todas possuem alguma característica peculiar, que nos chama a atenção e nos interessa. Com isso, começamos a nos aproximar, ao ponto de estarmos sempre com os mesmas pessoas. Conseqüência: formamos grupinhos, aos quais, normalmente, ficamos totalmente atrelados e fixos. Em outras palavras, temos a tendência de nos relacionarmos com um grupo seleto e formarmos "panelas fechadas".

Após formarmos a nossa "panela", até podemos nos relacionar com outros indivíduos; porém, sempre o fazemos de uma forma superficial e, algumas vezes, até mesmo falsamente.

Hoje, Deus me leva a compartilhar uma palavra sobre este tipo de relacionamento (ou, falta de).

Vemos hoje, nas igrejas, cada vez mais grupos sendo formados. Pessoas se aproximam, e acabam por manter um relacionamento com aqueles; afinal, são pessoas mais chegadas. Isto não é errado; muito menos pecado. Tudo depende de como é o comportamento deste grupo.

A própria palavra de Deus nos ensina em Provérbios 18:24 que há sempre um grupo seleto de pessoas mais chegadas, e que devemos o ter.

"O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão." (Provérbios 18:24).

Como podemos perceber, a Palavra de Deus nos ensina que não estamos errados em termos um grupo de pessoas, as quais somos mais chegados. Isto não é pecado. Porém, quando este grupo de amigos mais próximos se torna uma "panela-fechada", um grupo que não se relaciona com outros grupos e/ou pessoas, aí começamos a achar um pecado.

Alguns podem pensar: "Mas que heresia é esta?". Aviso-lhe, desde já, de que não há heresias nestas afirmações, pois todas possuem bases bíblicas para isto.

Paulo, no texto de Efésios 4 (citado no início deste texto) nos exorta que o desejo de Deus, para os nossos relacionamentos, é a unidade. A unidade no corpo de Cristo.

Quando deixamos de nos relacionar com um certo grupo de pessoas, ou um certo indivíduo, estamos em pecado. Ao deixarmos uma pessoa de canto, sem nos relacionarmos, estamos fazendo acepção desta pessoa. Mas, por qual motivo? Existe um motivo que possa anular o que diz em Atos 10:34?

"Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;". (Atos 10:34).

Se o Nosso Deus não faz acepção de pessoas, por que nós fazemos?

Entenda aqui que não estou dizendo para que sejamos íntimos de todos. Você pode e deve ter seu grupo mais íntimo, sim! Porém, jamais deve desprezar outro grupo. Devemos ser um, em Cristo.

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16).

Quando Cristo veio ao mundo, Ele não veio por apenas um determinado grupo. Ele não selecionou as pessoas, pensando: "Me relacionarei apenas com estes, e aqueles. Aqueles outros, não chegarei perto". Nem sequer morreu por apenas um seleto grupo de pecadores!

NÃO!

Jesus, durante o tempo que esteve na terra, se relacionou com todos. Ele conversou, salvou, curou e até mesmo comeu com todos os grupos (ou tipos, se assim pudermos chamar) de pessoas. Prostitutas, ladrões, religiosos, enfermos, entre outros. Jesus pregou a unidade. E, ao mesmo tempo, possuia um grupo mais íntimo de si: os discípulos.

Não há pecado em termos relacionamentos mais íntimos. Há pecado, quando nos atemos apenas a este determinado grupo, desprezando os que estão ao nosso redor.

Um corpo é como se fosse um motor. Cada um dos órgãos e celulas são peças fundamentais para o funcionamento deste motor. Dessa forma, para que o motor possa funcionar perfeitamente, todas as peças devem estar atreladas umas às outras, mantendo a harmonia deste sistema; seus encaixes devem estar perfeitamente alinhados, a fim de fazer com que este motor funcione normalmente. Se há peças que não se encontram alinhadas, o motor não funciona corretamente.

A Igreja do Senhor é um corpo: o Corpo de Cristo. Nós, integrantes deste corpo, somos os órgãos e organelas pertencentes ao mesmo. Se há orgãos e organelas que não se comunicam, e interagem entre si, não há um funcionamento harmônico e perfeito deste corpo. Ou seja, estamos fazendo com que o Corpo de Cristo não funcione da forma como deveria.

Devemos SIM sermos UM neste Corpo! Temos SIM de nos relacionarmos com todos!

Não há corpo, sem relacionamentos; não há corpo sem amor. Se não nos relacionamos, isto é por falta de amor a Deus e ao nosso próximo.

"Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê." (I João 4:20).

Será que você tem amado a Deus, tanto quanto você fala? Será que você tem, de fato, amado ao seu próximo?

Esta é a vontade de Deus para as nossas vidas: que vivamos em unidade! Unidade no Corpo de Cristo.

"há somente um corpo e um só Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; já um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos." (Efésios 4:4-6).

Será que, de fato temos sido UM com nossos irmãos e próximos? Será que de fato temos sido UM com Cristo?

Que Deus te abençoe, em nome de Jesus.

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